quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Avaliações e diagnósticos

Atendo algumas crianças com dificuldade de aprendizagem. Quando necessário, encaminho para uma avaliação psiquiátrica e/ou neuropsicológica.

E percebo que alguns pais que me procuram tem certa resistência em fazer essa avaliação devido o medo do bendito DIAGNÓSTICO.

O diagnóstico me ajuda a guiar meu trabalho, mas não é tudo. Para a família da criança/adolescente, quando um diagnóstico é bem feito, bem avaliado, acredito que o objetivo é trazer um certo alívio, pois assim saberá como lidar com aquela criança/adolescente, de modo a respeitar seus limites e dificuldades e ressaltar suas qualidades e habilidades.

Enquanto uns têm medo do dignóstico... 

Outros são loucos para diagnosticar o filho com algum transtorno que ele não tenha, porque parece mais "fácil", pois se ele tem "X" transtorno, ele é assim mesmo, "não tem jeito, não preciso fazer nada que ele não vai mudar".


Desligamentos... final de ano...



Chegando o final do ano, pacientes viajando, alguns desligamentos ocorrendo.

E que sentimento esquisito quando faço algum desligamento. Só nessa semana já foram 03 desligamentos.

É uma sensação de dever cumprido, de felicidade por ver o quanto aquele paciente caminhou, mas também fica a saudade... Saudade de poder ajudar, saudade de ver as conquistas, saudade de avaliar as dificuldades e a maior de todas: a saudade daquela pessoa com quem, com certeza, pude mais aprender do que ensinar, daquela pessoa que permitiu que eu fizesse parte da vida dela, daquela pessoa que eu dedicava no mínimo 01 hora da semana só pra ela.

Acho que ser psicóloga pra mim é isso: é me envolver, cair de cabeça, abraçar a causa.