quarta-feira, 20 de março de 2013

Diagnóstico médico

Bom dia,

Hoje gostaria de falar no assunto do diagnóstico médico. Concordo com o pensamento de que a vida atual está muito "ansiosa", as coisas são "pra ontem", temos que mostrar eficiência, agilidade e dinamismo principalmente no âmbito profissional.
Na área da psicologia o profissional tem a limitação de não poder fechar um diagnóstico. Quando necessário, encaminhamos a um psiquiatra, neurologista, ou outro profissional, dependendo do tipo de queixa, para fechar esse diagnóstico (ou não). O que percebo é que muitas vezes o diagnóstico é dado muito rapidamente. Mas venho aqui falar da importância de um diagnóstico para a família: Quando um médico fala que o(a) filho(a) tem o TDAH, tem um TID (transtorno invasivo do desenvolvimento, como autismo), depressão, dislexia, entre outros, gera um impacto e uma ressignificação do olhar para esse indivíduo. Há um certo alívio, mas algumas vezes (ou muitas vezes) pode gerar muita aflição e angústia, podendo chegar até mesmo a negação do transtorno diagnosticado.
Quando isso acontece, a família pode pedir a opinião de um segundo ou terceiro profissional.
Mas sempre considerando que algumas muitas pessoas/profissionais tem essa necessidade (não sei de onde ela vem) de dar um diagnóstico rápido. E só lembro de uma frase que li algumas vezes:
"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana..." de Carl Jung.
O que quero mostrar com isso é que às vezes preocupa-se muito em fechar um diagnóstico, mas se esquece de olhar para o indivíduo e não só para os sintomas. Com isso, muitos diagnósticos são concluídos de maneira EQUIVOCADA, trazendo mais transtornos para a família e principalmente para a criança.
Fica a dica aos pais para que nesses casos eles pesquisem muito quando receberem um diagnóstico de qualquer natureza e não tenham tanta pressa! Um trabalho multidisciplinar e interdisciplinar ajuda muito quando os profissionais se disponibilizam a trabalhar dessa forma (o que é muito bonito, mas muito difícil hoje, ainda mais com as agendas lotadas dos médicos dessas áreas). 
Uma boa semana para nós!