sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Izabel Augusta - a família como caminho (de Solange Maria Rosset)

Nossa, quanto tempo!
Nem bem iniciei o blog, já fiquei uns 03 meses sem postar nada. Acho que por causa de comentários que me desencorajaram um pouco, mas além disso, acho que a clínica e outros afazeres eram prioridades no momento e não estava tendo tempo para "aquietar" a mente e deixar os pensamentos fluirem naturalmente. Como não quero que meus posts sejam "forçados", ou seja, eu não quero escrever por escrever, resolvi dar um tempo, mas cá estou novamente.
Acabei de ler um livro que minha psicóloga, colega de trabalho e amiga me emprestou. Chama-se Izabel Augusta. Conta a história de uma menina que usava drogas e que a família já estava descrente dela. Li o livro em 02 dias. Ele é pequeno e fácil de ler. A autora do livro também é psicóloga e já tive a felicidade de ter algumas aulas com ela em curso de pós-graduação e curso de terapia de casal. Gosto muito da maneira dela de trabalhar.
No início achei que o livro era sobre ofensa sexual, pois era um dos temas abordados durante a minha sessão. Mas no final, entendi que o livro fala de assuntos que estou passando em minha vida pessoal. E que foi emprestado justamente para eu tentar dar uma clareada nos pensamentos.
Entendi que o uso de drogas (ou abuso de drogas, dependência química, etc - sei que há diferenças entre os termos, mas não cabe aqui mencionar) é apenas a ponta do iceberg - metáfora utilizada no livro. Entendi que recaídas são bem possíveis de acontecer e que temos que ver na verdade "Para Que?" a pessoa usa a droga. Percebi que através de um sintoma a família inteira se movimenta, afinal de contas, ela é um sistema. E que cada um tem uma criança dentro de si, com seus medos, receios, felicidades, conquistas, etc. E o principal: muitas e muitas vezes as pessoas não colocam o que sentem, o que pensam de maneira respeitosa. Querem que o outro tente entender através de gestos, de dicas, mas dificilmente através de palavras diretas e sinceras. Há muitos mitos familiares e muitas fantasias sobre tais gestos, comportamentos. Um fato é um fato. A verdade não existe. Mas existe sim, vários olhares sobre o mesmo fato. Esta última frase tem me acompanhado no meu fazer profissional. E pessoal também.
Acho que este post é além de uma reflexão sobre o que ficou do livro que acabei de ler, um desabafo e um fechamento de gestalt, levando-me para um amadurecimento, compreensão e aprendizado sobre o que fazer de agora em diante.


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